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segunda-feira, 24 de abril de 2017

S.O.S RIO ARAGUAIA



O que estão fazendo com nosso rio Araguaia? Onde estão as políticas públicas para o meio ambiente?
O rio Araguaia assoreado e seus principais afluentes, ou secaram ou estão também assoreados. Nesta velocidade em menos de 30 anos o RIO ARAGUAIA VAI SECAR.
O movimento S.O.S. Araguaia e afluentes nasceu da necessidade da luta pelo ecossistema da bacia do Araguaia, dos rios e afluentes, devido a sua importância, pois o principal rio que é o Araguaia, passa por 4 Estados, várias cidades, atraindo turistas, pescadores e gerando empregos.   O S.O.S. Araguaia é um movimento apartidário, sem fins lucrativos, como pessoas de todo o país.
A situação da bacia do Araguaia cada dia mais tem se agravado, tanto pela expansão do agronegócio, retirada de água ilegal e desmatamento.
Em Luiz Alves do Araguaia (GO) o projeto de irrigação de quase 5 mil hectares de áreas retira grandes volumes de água, de forma indiscriminada, por toda a extensão do rio, acentuaram os graves problemas, matando inúmeras espécies de animais e prejudicando as populações humanas que dependem das águas do rio, pois a falta de planejamento a longo prazo é uma avaliação técnica dos danos causados por projetos dessa magnitude, vão inviabilizar todos esses investimentos, pois num futuro muito próximo não haverá água, principalmente no período da seca para o qual esses projetos foram criados. Pelas imagens notamos que houve desmatamento total das áreas de preservação permanente APPs referente à mata ciliar legalmente protegida pela legislação ambiental, trazendo graves prejuízos de erosão e assoreamento do rio Araguaia e também à fauna e flora do ecossistema da bacia do Araguaia.
A forma como vem sendo conduzido esses projetos a morte do rio Araguaia é questão de tempo e junto morrem também os projetos agrícolas implantados e assim não teremos nem os alimentos e nem as riquezas da fauna e flora do rio Araguaia e nem a beleza cênica tanto admirada por todos.
Em Jussara (GO), a fazenda Santa Rita, com uma estrutura de retirada de água, que vem sendo investigada, possui um canal de 8 km de extensão para adução de água bruta e bombeamento de água diretamente do Araguaia, com 29 pivôs, 15 não possuem licenciamento ambiental, vem sendo investigado pela Delegacia Especializada em Meio Ambiente (DEMA), e o relatório já encaminhado ao judiciário e as recomendações são de desativação de alguns pivôs, retirada de todo o equipamento de captação de água do rio Araguaia e recuperação de todas as áreas de preservação permanente degradadas na propriedade. Outra fazenda em Jussara, a fazenda Maria Helena, possui 21 pivôs retirando água diretamente do córrego Água Lima do Araguaia, também está sendo investigada.  Enfim, são vários casos investigados e que estamos acompanhando e acreditamos no trabalho do Dr. Luziano e procuradora Lea Batista de Oliveira, do Ministério Público Federal.
“Irrigar não é crime, é necessário. Crime é irrigar sem licença, com licença irregular ou falsa. Insensatez é irrigar sem observar preceitos sustentáveis e cometer crimes para isso. Egoísmo é irrigar utilizando como particular um bem que é público, agindo com insensatez e ignorância é continuar irrigando como egoísta, alimentando pela descrença generalizada como o sistema falho no qual vivemos, e defender posições que corrompem e comprometem a dignidade dos seres”, disse o delegado Luziano de Carvalho.
Resumindo, são projetos sem nenhuma sustentabilidade e que já estão causando graves prejuízos econômicos e sócios ambientais, e que precisam ser revistos e principalmente de uma ação urgente pelo poder público, judiciário e sociedade.
Buscando salvar nossos rios, o movimento está mobilizando a população em geral e principalmente a população das cidades banhadas pelo rio Araguaia, criando grupos no WhatsApp, página no Facebook.  Também temos acompanhando as investigações, tanto da Policia Civil como a ação Civil Pública no Ministério Público Federal, sobre a retirada ilegal de água, como também as várias denúncias que estão surgindo.

Fonte: S.O.S.  ARAGUAIA: Meirinalva Maria Pinto
INSTITUTO MATA ATLÂNTICA: Carlos Ferreira
ADAPTAÇÃO: CDA em FOCO

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